segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Avô.... A voz!




Não mais o encontrei...

Sua porta se fechou pra nunca mais se abrir...
Só me resta teu perfume guardado, teu carinho engomado num paletó de trabalho pesado...

Mãos ásperas que sempre estavam ali a me acolher...
Ah! Tua voz. A voz inconfundivel de avôcê, me faz lembrar...
Dos filmes de faroeste, do quanto já viajamos pro Leste... e do quanto você não mais vai estar lá.

A dor me consome.... mas A voz! Aquela marca na lembrança ainda me traz um resto de esperança...
Te perdi entre meus sonhos... aquela valsa de formatura, aquele beijo com cândura.... tudo agora parece distânte e vazio...

A lembrança da esperança, do seu abraço de criança...

Quando te toquei a ultima vez...
O gelo tomou conta do meu ser. Tuas mãos, teu rosto... tudo alvo como a neve...

Era a palidez da morte...

Escorrem lágrimas pelo rosto de suas netas.

Pois ali, se foi mais um príncipe da vitória

A dor...
A fuga transparecida pelo alcool já não mais pode te alcançar.
Suas quedas, seu levantar nobre.
A vergonha e a clareza de alguém que amou, lutou e agora descansa em paz....

Homenagem a Eduardo Lezdkalns Filho *26/09/1941 - ┼ 28/10/2011

Te amo pra caralho vô! :´)

quinta-feira, 17 de março de 2011

Difícil explicar...


Eu estou me sentindo fraca... impotente... já não escrevo mais como antigamente. Essa história está me desgastando...

Resolvi não postar nenhuma crônica, poesia, poema nem nada relativo hoje...
É só mais um desabafo...

Recebi algumas notícias que me deixaram realmente abalada. Por sua vez, comecei a analisar a reação da pessoas perante a idéia da morte...
O medo toma conta delas... e quando isso se refere à alguém a tristeza desola o coração de qualquer um.

Se pararmos pra pensar, todos os dias estamos um pontinho mais próximos dela. Mas, além disso, o que mais me assusta é o fato de perder alguém que eu ame demais. É claro que muitas pessoas que eu amei, já se foram... mas há aquelas pessoas que você realmente vai sentir falta... é muito difícil explicar.
É terrível receber a notícia de que um familiar está a beira da morte, ou um querido amigo... Isso me dói por dentro...
Só este mês já é o terceiro susto que eu levo, por causa de notícias deste tipo... será que é alguma coisa me mandando um "recado"?? Ou simplesmente irônia do destino? 

Estou ficando farta com o Ciclo da Vida...

domingo, 13 de março de 2011

Dor...


Alguns homens veêm as coisas como elas são... e não fazem nada a respeito.
Eu vejo as coisas como elas podem ser, logo, há tempo de agir ou se desesperar...

A tragédia da fome... o pânico no olhar dos homens...
A dor. 
Cegos procurando a luz na escuridão do seu caminho
Mentiras mal faladas, canções não terminadas...

Talvez eu nunca entenda a cabeça do Ser Humano
Talvez eu nem ao menos faça parte deste ciclo...

Não que eu seja um extraterreno, mas tenho outra visão.
Vejo como as pessoas agem perante leis
Vejo o quão grande é a submissão do homem perante a seus credos.

Confundem liberdade com libertinagem...

Nunca se quer agem de acordo com seus escrúpulos...
A verdade e a lealdade sempre estarão guardadas em uma pequena gaveta... a da sabedoria...
Seu veneno, sempre exposto... 
Sua força aumentada através da dor do outro...

Covardes! Mentirosos...
Deixam-se tomar pelo vazio consciente... depredam-se e se escondem.

Depois como se nada houvesse acontecido, apenas riem para esconder a sua dor...

Talvez eu não esteja rindo de verdade...mas estou rindo, para não chorar...

sexta-feira, 11 de março de 2011

Sonhar







Não sinto meus pés ou minhas mãos
Me deixo levar pela solidão...

Escuto passos em meio a escuridão
Derrepente um clarão!

O despertador toca...
É como se uma parte de mim voltasse e outra se estagnasse no tempo...
É como viver outra Vida... ser outro Ser
Enxergar sem ver...

Por outras vezes até mesmo se esquecer...
Mas manter aquele pensamento de "será que isso já aconteceu?"

Sonhar... é algo que não se explica.
Ruínas transformadas em imensos castelos.
Príncipes em seus alazões, atitudes tomadas sem razões..
Verdades mostradas sem medo.
Quedas sem dor... torpor...

Lágrimas sem sabor
Sorrisos com louvor...

Tudo parece belo, mas quando menos espero
Tudo escurece... e surge então o pesadelo...

Verdade seja dita que os sonhos são sinônimo de tudo o que nos acontece
Então, que cada um faça sua prece, e não se apresse.

Atitude!





Quando nos damos conta do tempo perdido, tentamos a todo custo recuperá-lo
Quando o tempo que se perde nos força a criar problemas/contradições... tentamos a todo custo consertar.

Quando alguém para para admirar uma bela paisagem?
Quando alguém para para agradecer aos céus pelo seu azul e imensidão plena?
Quando... quando... quando?

Só temos realmente tempo para ficar nos perguntando "quando?"... 
Nunca temos realmente tempo para agir...

Faça a diferença:
Olhe aquele senhor jogando dominó na praça com seus outros colegas senhores...
Olhe e perceba que belo quadro!

Olhe a Magnifica obra da Natureza, o nascer do Sol!
Observe, sinta, respire!
Viva a vida mais leve. Seja saudável!
Use protetor solar, beba mais água.

Permitasse! 
Chegue 15 minutos atrasado. Durma mais 5 minutos!
Respire! Caminhe! Cante! Grite!

Perceba, que a vida se faz presente em todos os instantes.
Perceba que a Vida foi feita para ser vivida e não simplesmente seguida.



Pense no nada... pense numa bela cachoeira. Ou apenas não pense!

Sinta o ar tocar seu corpo e tomá-lo como numa dança.
Dance!
Ria de tudo, ria de todos!

Estamos livres para pensar e sorrir o quanto pudermos.
Estamos livres para agirmos!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Coisas Que A Gente Aprende




Aprendemos a confiar
Aprendemos a sofrer
Aprendemos a chorar
Aprendemos a andar, falar, gritar...
Aprendemos, até mesmo, a desistir quando um sonho não é possível
Aprendemos que somos chegada e partida
Sonhamos, buscamos, caímos e levantamos.

Toma-me o orgulho
Defronta-me o MEDO
Choro lágrimas de desespero
Nego, Clamo e Vejo

Perdoar, sentir, apaixonar...
Para que no fim, a gente aprenda o que é a saudade
Inexplicável... sem tradução...

Para aprendermos a persistir e 
Jamais nos entregar...

Aprendemos... a amar.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Sótão



Tão vazio de gente
Tão cheio de poeira
Cheio de lembranças
Cheio de cheiros.

Aranhas já não habitam lá.
Vou subir!

Ao ligar o interruptor,
Ao subir as escadas,
Ao tropeçar num degrau
Me deparo com uma cesta.

Uma cesta de vime branco
Com alguns detalhes em azul escuro
E um botão que se enrroscava em uma linha.

Ao desenrroscar essa linha
a tampa deu um salto para trás
Fazendo poeira cair em meus  olhos,
E fazendo-me espirrar.

Observo devagar...
Vejo um livro!
Sua capa bem surrada
Amarrada por uma outra linha e um outro botão.

Havia um desenho de algo que o tempo apagou.
Na sua lombada havia algumas divisões.
Era formado por cores das quais eu gostara
Roxo, vermelho, preto e marrom.

Suas páginas eram amareladas
Por conta do tempo...

Daí surgiram lágrimas,
Surgiram perguntas...
E em um breve momento,

Tudo se colocou em sofrimento!
O livro contava Minha História!