Não mais o encontrei...
Sua porta se fechou pra nunca mais se abrir...
Só me resta teu perfume guardado, teu carinho engomado num paletó de trabalho pesado...
Mãos ásperas que sempre estavam ali a me acolher...
Ah! Tua voz. A voz inconfundivel de avôcê, me faz lembrar...
Dos filmes de faroeste, do quanto já viajamos pro Leste... e do quanto você não mais vai estar lá.
A dor me consome.... mas A voz! Aquela marca na lembrança ainda me traz um resto de esperança...
Te perdi entre meus sonhos... aquela valsa de formatura, aquele beijo com cândura.... tudo agora parece distânte e vazio...
A lembrança da esperança, do seu abraço de criança...
Quando te toquei a ultima vez...
O gelo tomou conta do meu ser. Tuas mãos, teu rosto... tudo alvo como a neve...
Era a palidez da morte...
Escorrem lágrimas pelo rosto de suas netas.
Pois ali, se foi mais um príncipe da vitória
A dor...
A fuga transparecida pelo alcool já não mais pode te alcançar.
Suas quedas, seu levantar nobre.
A vergonha e a clareza de alguém que amou, lutou e agora descansa em paz....
Homenagem a Eduardo Lezdkalns Filho *26/09/1941 - ┼ 28/10/2011
Te amo pra caralho vô! :´)